Desde a banda punk Sex Pistols ao desenho animados "Os Simpsons", passando pela Netflix e os filmes de James Bond, a inconfundível imagem da rainha Elizabeth II foi utilizada na cultura popular durante todo o seu reinado. Alguns com carinho, outros nem tanto, mas a omnipresença da monarca na arte, música e cinema são provas da sua importância no imaginário popular.
Música — God Save The Queen
A capa do single do Sex Pistols de 1977 "God Save The Queen", com o rosto da jovem rainha, cujos olhos e boca estão escondidos pelos nomes da banda e seu hit, é uma das imagens mais conhecidas do movimento punk mas também de Elizabeth II. O autor da capa, o artista britânico Jamie Reid, também criou uma versão na qual p rosto da monarca aparece com um alfinete no lábio e suásticas, em vez das suas pupilas. Muitas outras músicas foram escritas sobre a rainha, como "Elizabeth My Dear" (1989) do grupo de rock alternativo The Stone Roses, que afirma que "não descansarão até que Elizabeth II perca o seu trono". Em 2005, o grupo britânico de música eletrónica Basement Jaxx apresentou uma monarca selvagem que saía à noite por Londres, que visita um clube de striptease e até discute no video-clip de "You Do Not Know Me".
Os Retratos de Elizabeth II
Elizabeth II posou para mais de 175 retratos durante o seu reinado para artistas como Cecil Beaton, Lucien Freud e Annie Leibovitz. Contudo, os retratos mais famosos são, sem dúvida, os feitos pelo rei do "pop art", o americano Andy Warhol. Em 1985, o artista americano criou uma série sobre mulheres influentes, tendo usando uma fotografia oficial da rainha que personalizou, como também fez com Marilyn Monroe.
Cinema e televisão
Inconfundível pelo sofisticado sotaque britânico e roupas de cores vivas, a rainha tornou-se uma personagem de desenhos animados, além de aparecer em programas de televisão e filmes. Elizabeth II apareceu diversas vezes na série animada americana "Os Simpsons", no desenho infantil "Peppa Pig" e também apareceu nos filmes "Minions" (2015), "Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro" (2002) e "Corra que a Polícia vem Aí!" (1989). Embora a soberana raramente tenha dado entrevistas, a sua vida foi retratada em filmes, peças de teatro e programas de televisão. Em "O Discurso do Rei" (2010), filme vencedor do Oscar sobre a luta do seu pai, o rei George VI, para superar a gagueira, a rainha é vista como uma menina, enquanto "A Rainha" (2006), Elizabeth II enfrenta a ira dos seus súditos após a morte da sua nora, a princesa Diana, em 1997. Contudo, foi a série de sucesso da Netflix "The Crown" que retratou com mais detalhes a vida da rainha e seu relacionamento com o marido Philip, com disputas conjugais, escândalos e crises políticas.
Interpretando a si mesma
Após ver sua imagem ser usada por anos, a própria rainha tomou o protagonismo em 2012 quando fez uma aparição num vídeo humorístico para a cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos de Londres. No vídeo, Elizabeth II aparece rodeada dos seus queridos cães corgis no Palácio de Buckingham, onde recebe o famoso espião James Bond, interpretado por Daniel Craig."Boa noite, Sr. Bond", diz a rainha, antes que a dupla simule o embarque num helicóptero, sobrevoando Londres e, finalmente, saltando de paraquedas sobre o estádio olímpico da capital britânica. Em 2016, Elizabeth II apareceu a conversas com o príncipe Harry num vídeo que também contou com o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama para promover os Jogos Invictus, um evento internacional semelhante aos Jogos Paralímpicos, criado pelo neto da monarca para soldados feridos. E por ocasião de seu Jubileu de Platina, em junho deste ano, Elizabeth II apareceu, aos 96 anos, num vídeo a tomar chá com o personagem de desenho animado Urso Paddington, no qual, com um sorriso maroto, a monarca admite levar um sanduíche de geleia na sua inseparável bolsa.