Miguel Ângelo Marques

Na sua pintura, Miguel Ângelo Marques (Guimarães, 1995) explora a questão da conexão entre imagem, remetendo para uma ideia de memória ou narrativa individual. Acima de uma qualquer preocupação com a semelhança para com o modelo que toma por base, impera no seu trabalho o valor dado ao caráter performativo do gesto da pintura e à sua materialidade. Para a construção das suas obras, constantemente envolvidas no campo da pintura figurativa, seja no retrato ou paisagem, o artista vai recolhendo imagens de frames cinematográficos, fotografias do seu quotidiano e obras de vários artistas ao longo da história da arte. Estas imagens são transformadas ao longo do processo da pintura, acabando por representar algo que está presente fora delas. A ligação com o mundo vegetal é também uma das suas preocupações fundamentais, trabalha uma aproximação aos ecossistemas e à sua preservação, juntando à produção artística e de investigação uma interpretação multidisciplinar de aproximação à fitossociologia e à etnobotánica. Em 2021, os artistas Catarina Braga e Miguel Ângelo Marques juntam-se para formar o coletivo artístico PALMA. Com interesses comuns sobre a vida vegetal e simbioses de trabalho, o coletivo explora a envolvência de certas espécies de plantas no espaço urbano. Através de uma metodologia teórico-prática o coletivo desenvolve a sua produção artística a partir de um processo de pesquisa de envolvência com a vida vegetal, materializando objetos artísticos que privilegiam a comunicação direcionada para um pensamento com as plantas.
Expõe regularmente desde 2013, onde se destacam "3x1 É 4" nos SILOS Contentor Criativo das Caldas da Rainha, 4ª Exposição coletiva de Artes Visuais no Edifício Transparente, em Matosinhos, "Ciclo de Primavera" na Eletricidade Estética em Caldas da Rainha, Resistir a todos os "Traumas na Galeria" Verso Branco em Lisboa, "Coimbrã Ex-Situ" na Galeria V e "Os algoritmos da Pintura" no Atelier-Museu António Duarte.