Inês Gato nasceu em 1966 em Lisboa, Portugal. Estudou na Escola Secundária António Arroio e fez o curso de Design Gráfico no Ar.Co. Também estudou Design de Computador na ETIC. A exploração da pintura surge em 1994. Actualmente, vive e trabalha na Ericeira, vila costeira e destino de férias de Verão da família desde sempre. Em 1999, e depois de um percurso profissional na área do design de comunicação, decide dedicar-se às artes
... ver mais
Inês Gato nasceu em 1966 em Lisboa, Portugal. Estudou na Escola Secundária António Arroio e fez o curso de Design Gráfico no Ar.Co. Também estudou Design de Computador na ETIC. A exploração da pintura surge em 1994. Actualmente, vive e trabalha na Ericeira, vila costeira e destino de férias de Verão da família desde sempre. Em 1999, e depois de um percurso profissional na área do design de comunicação, decide dedicar-se às artes plásticas como actividade principal.
"A minha identidade surge de uma forma espontânea e intuitiva. Acredito que se linguagem de um artista for forçada ou racionalmente programada, provavelmente, não será genuína. O processo criativo será sempre um mistério, viagem ao meu mundo interior filtrando as influências e inspirações do mundo exterior. A importância do sujeito está presente no conteúdo da minha pintura. Criação artística focada nas emoções humanas. As ideias surgem nas mais variadas circunstâncias como a caminhar, a ouvir uma música ou a observar uma imagem... e muito frequentemente a trabalhar. A nível formal e cromático interessa-me o fio condutor que existe entre o microcosmo e o macrocosmo. Uma lei universal mágica e surpreendente que acredito que exista. A estrutura formal e o equilíbrio proporcional das composições funcionam em oposição à percepção de movimento e transformação. Ironia que percorre a minha obra. Pinto com tintas de óleo e pincéis de pêlos naturais (marta ou pelo de boi) em telas de linho. A luz natural é fundamental. A minha formação em design de comunicação reflecte-se no meu método de trabalho. Geralmente "desenho" na minha mente um estudo inicial que em seguida passo para o papel. Replico esse esboço em programas de desenho e tratamento imagem como por exemplo o Photoshop. O computador resulta numa ferramenta de trabalho maravilhosa ao permitir uma visualização rápida de infinitas variantes formais e cromáticas de uma mesma composição. Através desses programas, desafio a percepção de tudo o que me rodeia recriando e estilizando o que desenho ou fotografo. Segue-se uma fase de edição e selecção do estudo final que será pintado na tela. Durante a progressão do trabalho a "vida própria" de uma obra manifesta-se para além do estudo inicial. Um quadro nunca é perfeito e raramente concluído... Uma obra não existe apenas dentro de mim e para mim. A partir do momento em que é partilhada, as reacções e análises dos outros acrescentam-lhe novos significados. Por vezes surpreendentes, mas sempre reveladores e enriquecedores. A dependência económica e o desejo de reconhecimento podem matar a criatividade. A criatividade brinca com o desconhecido. Não existe qualquer estratégia que possa definir o reino infinito da novidade. Apenas a coragem e honestidade criativa permitem vencer os medos e ultrapassar o seguro e conhecido. Sinto uma relação de interdependência transformadora com o meu trabalho. A emoção, energia, dedicação e empenho que dedico a cada obra são-me devolvidos ao experienciar o processo de realização da mesma. O prazer da fruição é directamente proporcional ao esforço físico, mental e emocional. Uma relação de verdadeiro amor!" — Inês Gato