André Lanskoy

André Lanskoy foi um pintor russo radicado em França, associado à Escola de Paris e ao Taquismo, movimento de pintura abstrata que surgiu na década de 1940.

Nasceu em Moscovo e, em 1918, mudou-se para Kiev, onde realizou as suas primeiras obras. Nessa fase, inspirou-se no uso da cor de James Ensor e Vincent van Gogh, cuja expressividade cromática marcou a sua trajetória artística. Em 1923 participou nas primeiras exposições de artistas russos na Galeria La Licorne, em Paris. No ano seguinte, o crítico e colecionador Wilhelm Uhde descobriu o seu trabalho no Salon d’Automne, tornando-se um dos seus principais apoiantes.

A partir de 1925 começou a realizar exposições individuais, com obras adquiridas por importantes museus e colecionadores internacionais. Depois de 1937, iniciou a transição para a abstração, influenciado pelos estudos sobre Paul Klee e Wassily Kandinsky.

Desde 1942 dedicou-se exclusivamente à pintura abstrata, explorando a interação entre forma e cor. Expôs em várias galerias de prestígio em Paris e Nova Iorque, consolidando o seu lugar entre os grandes nomes da abstração lírica.

Em 1962 iniciou um extenso projeto de gravuras e colagens inspirado no romance Diário de um Louco, de Nikolai Gogol, ao qual se dedicou até à sua morte, em 1976. O trabalho resultou em 150 colagens e 80 litografias, apresentadas numa grande exposição póstuma na Galeria Aras, em 1989.

Hoje, André Lanskoy é reconhecido como uma figura essencial da pintura abstrata europeia do século XX, pela sua pesquisa intensa sobre a cor e pela energia lírica das suas composições.