O que é Fauvismo?
Fauvismo é o nome dado ao trabalho produzido por um grupo de artistas (que incluía Henri Matisse e André Derain) por volta de 1905 a 1910, caracterizado por cores fortes e pura aplicadas agressivamente diretamente dos tubos de tinta para criar uma sensação de explosão na tela pinceladas ferozes. Como os impressionistas, os fauvistas pintaram diretamente na natureza mas os assuntos foram retratas de forma forte e expressiva.
Qual é a história do Fauvismo?
Exibidas formalmente pela primeira vez em Paris em 1905, as pinturas fauvistas chocaram os visitantes do Salon d'Automne anual. Um desses visitantes foi o crítico Louis Vauxcelles, que, pela violência das obras apresentadas, apelidou os pintores de fauves (“animais selvagens”). As pinturas exposta por Derain e Matisse foram o resultado de um verão passado a trabalhar em Collioure, no sul da França. Outros artistas associados ao fauvismo incluem Georges Braque, Raoul Dufy, Georges Rouault e Maurice de Vlaminck.
Teoria das Cores?
Inspirados na teoria cientifica das cores desenvolvidas no século XIX – particularmente aquelas relacionadas às cores complementares — os fauvistas criaram pinturas simplificadas, repletas de cores fortes que se complementam mas que não naturalistas. A teoria das cores explica que as cores complementares são pares de cores que aparecem opostas em modelos científicos, como a roda de cores, e quando usadas lado a lado em uma pintura, fazem uma à outra parecer mais brilhante.
Os artistas fauvistas romperam com os métodos impressionistas tradicionais e experimentaram de forma inovadora cores exageradas, compondo as suas pinturas com base em contrastes de cores selvagens. Os fauvistas preferiam combinar cores complementares, como roxo e amarelo, magenta e verde, ou laranja e azul. Essas cores estão em lados opostos da roda de cores e foram frequentemente escolhidas como cores principais das pinturas fauvistas. No entanto, os artistas fauvistas não escolheram as cores com base na teoria científica como os pós-impressionistas fizeram, mas no sentimento, da observação e da natureza de cada experiência cromática. Os fauves usaram a cor radicalmente, defendendo a liberação da cor da representação realista, atribuindo-lhe significados emocionalmente carregados.
Rejeitaram o realismo óptico criado pelo impressionismo, como retratos realistas, e não aplicaram perspectiva ou usaram efeitos de sombra de luz. As respostas espontâneas e subjectivas aos sujeitos nas suas obras foram expressas por meio de pinceladas quebradas e cores vivas, usando tinta direto do tubo. Afastaram-se assim dos temas urbanos e retornaram a temas como paisagens do campo, do lazer ou retratos. Linhas impulsivas, composições espontâneas e uma técnica de desenho simplificada são as características essenciais nas pinturas fauvas. As influências dos movimentos anteriores inspiraram Matisse e outros pintores a rejeitar o espaço tridimensional tradicional e usar manchas de cor para criar um novo espaço pictórico. Tem sido frequentemente comparado ao expressionismo alemão, movimento que surgiu na mesma época e também foi inspirado pelos desenvolvimentos do pós-impressionismo.
Influências: O Movimento Fauvismo na contemporaneidade
O fauvismo foi um dos primeiros movimentos modernistas de vanguarda do século XX a dar passos para abstração. Este foi um movimento de transição para os artistas que adotaram uma abordagem fauvista, tendo a maioria, no final da década de 1910, se acabado por afastar do expressivo fauvismo. Contudo, Henri Matisse continuou a usar ao longo da sua carreira, os traços fauvistas desde das cores emotivas brilhantes às formas simples.
A verdade é que as peças de arte fauvistas mais famosas são predominantemente de Matisse. Obras como Bonheur de Vivre e Dance permaneceram como pinturas icónicas e instantaneamente reconhecíveis, por combinarem um tema místico e eufórico com uma plasticidade distinta e uma paleta aprimorada. Os traços típicos do fauvismo tem a capacidade de parecer atemporal e inovador. Mesmo hoje, os artistas continuam a utilizar cores fortes e pinceladas decisivas para criar obras de arte vibrantes. Muitos dos nossos artistas seguem a tradição fauvista, modificando elementos e aplicando pinceladas gestuais em bloco, cores saturadas ou um olhar renovado sobre a perspectiva.
Pinturas fauvistas Mais Famosas
As obras de arte fauvistas mais famosas foram criadas por três dos principais expoentes do fauvismo: Henri Matisse, André Derain e Maurice de Vlaminck.
A Alegria da Vida de Henri Matisse
Inspirado em Cézanne, Henri Matisse começou a experimentar com a cor, pintado muitas paisagens durante os verões que passou no sul da França. Um deles, intitulado “A Alegria da Vida” (1905), que retrata uma cena idílica e imaginária com cores vivas e alegres. Um elemento notável nesta pintura é o grupo de figuras a dançar que se assemelha a um grupo de figuras numa das pinturas posteriores de Matisse, A Dança (1909).
Charing Cross Bridge de André Derain
André Derain e Henri Matisse frequentaram a Carrière Académie tendo se conhecido nessa altura. Desejo colocar a cor como elemento principal de expressão surgiu quando alugou um apartamento em Chatou com Maurice de Vlaminck. Em 1905, trabalhou com Matisse em Collioure e chegou a uma representação harmoniosa da paisagem decorativa. Começou a experimentar com a cor, fundindo-a em grandes superfícies cercadas por contornos definidos. Esta técnica foi aplicada na pintura “Charing Cross Bridge”.
The River Seine at Chatou by Maurice de Vlaminck
Ao lado de seus pares Henri Matisse e André Derain, Maurice de Vlaminck é considerado a terceira figura principal do fauvismo. A sua abordagem inovadora perante paisagem, forma e cor ajudou a estabelecê-lo como um dos artista pioneiro da sua época. A partir dos dezesseis anos, viveu em Chatou, uma pequena aldeia, onde o pintor passou muito tempo com seus amigos Matisse e Derain. No verão de 1906, perante a observação da paisagem da aldeia, aplicou intuitivamente de tinta, criando O rio Sena em Chatou (1906).