O Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, encerrado desde 2016 para obras de requalificação integral, deverá reabrir ao público no segundo trimestre de 2024, indicou à agência Lusa a diretora, Bárbara Coutinho.
Sete anos depois do início das obras de requalificação integral do edifício do MUDE, saem os telões e os andaimes que revestiam o quarteirão formado pela Rua Augusta, Rua da Prata, Rua do Comércio e Rua de São Julião", indicou a responsável num comunicado sobre o ponto da situação das obras.
Ainda de acordo com Bárbara Coutinho, "a presente empreitada está prevista terminar no final do corrente ano", e "neste momento, prosseguem os trabalhos de modo a que as portas [do museu] na Rua Augusta abram ao público no segundo trimestre de 2024", acrescentando que a data de reabertura "será comunicada em breve".
Dedicado a todas as expressões do design, que se espelham no seu acervo, o MUDE possui atualmente 11 coleções e mais de 1.000 peças avulsas nas áreas de produto, moda, gráfico, interiores, cenários de teatro e joalharia contemporânea.
A coleção do antigo Teatro da Cornucópia, que cessou atividade em 2016, é uma das doações que vieram ampliar o acervo do museu no ano passado, através dos seus diretores, o cofundador Luís Miguel Cintra e a cenógrafa, figurinista e 'designer' Cristina Reis. O conjunto ascende a mais de 1.400 peças de núcleos muito diferentes, nomeadamente bibliográfico, acessórios e adereços, design gráfico, incluindo cartazes e maquetes de espetáculos, muitos deles concebidos por Cristina Reis.
Outro exemplo de incorporações em 2022, além do Teatro da Cornucópia, foi o da coleção de 'design' gráfico de Carlos Rocha (1943-2016), com mais de seis mil unidades arquivísticas, que entrou no MUDE como depósito de longa duração.
Inaugurado em 2009, com base na Coleção Francisco Capelo, o MUDE recebeu, até à data de encerramento do edifício-sede, quase dois milhões de visitantes, em quase 60 exposições e cerca de 170 eventos relacionadas com o seu acervo.
Fonte: Lusa