Grandes nomes da arte contemporânea como Marina Abramović, Cindy Sherman e Kara Walker assinaram uma carta aberta que denuncia o regime teocrático no Irão e expressa solidariedade com os ativistas de lá. A população esta descontente e os ativitas estão efetuar há mais de dois meses consecutivos protesto após a morte de Mahsa Amini, que morreu após ser espancado pela polícia de moralidade do Irão, por usar incorretamente o seu hijab, um artigo de vestuário obrigatório para mulheres.
“Nós, artistas, escritores, académicos e profissionais culturais de várias disciplinas e vários países, apoiamos o apelo de nossos colegas iranianos para se solidarizar com sua luta contra o repressivo e despótico estado islâmico no Irão”, declara a carta. Os signatários da carta comprometeram-se a boicotar instituições governamentais associadas ao Estado islâmico do Irão e disseram que não participariam mais de eventos culturais e educacionais. Também prometeram criar redes de apoio aos dissidentes iranianos e enfrentar aqueles que tentavam desviar a atenção dos protestos. Outros artistas que assinaram a carta incluem Barbara Kruger, Kiki Smith, Arthur Jafa, Mel Chin, Robert Del Naja, Nari Ward e outros. O historiador de arte Robert Storr também estava entre os signatários. A estes artistas também se juntaram criativos de outras áreas, como o autor vencedor do Prémio Nobel Orhan Pamuk e o indicado ao Oscar Willem Dafoe.
A carta é mais um exemplo da cena artística internacional dando o seu apoio aos manifestantes iranianos. Em outubro passado, o coletivo Anonymous Artists for Iran colocaram doze faixas no Museu Guggenheim com o rosto de Mahsa Amini impresso, junto com o slogan de protesto “Mulheres, Vida, Liberdade”. Protestos semelhantes foram realizados no Museu de Arte Moderna de São Francisco e no Metropolitan Museum of Art.