Lente Feminina
Exposição de Fotografia até 22/05/2022
O Centro Português de Fotografia apresenta uma exposição de produção própria que pretende homenagear as mulheres fotógrafas representadas na Colecção Nacional de Fotografia. São mulheres que contribuíram para a excelência da narrativa fotográfica e romperam com os conceitos pré-concebidos de uma profissão dominada pelos homens.
Through a Different Lens – Stanley Kubrick Photographs
Exposição de Fotografia até 22/05/2022
Pela primeira vez, Portugal conhece uma outra faceta do cineasta norte-americano Stanley Kubrick: a de fotógrafo. A mostra patente no Centro Cultural de Cascais tem a curadoria de Sean Corcoran e Donald Albrecht e nasce a partir dos arquivos do Museum of the City of New York. São 130 fotografias, muitas delas nunca publicadas, bem como reportagens de Kubrick enquanto jovem fotógrafo na revista Look, uma publicação em que o futuro realizador começou a trabalhar com 17 anos. Antes de chegar a Cascais, a exposição passou por Trieste, Itália.
Territórios desconhecidos: a criatividade das Mulheres na cerâmica moderna e contemporânea portuguesa (1950-2020)
Exposição até 26 de junho de 2022
O Museu Nacional do Azulejo tem patente até 26 de junho de 2022, a exposição temporária "Territórios desconhecidos: a criatividade das Mulheres na cerâmica moderna e contemporânea portuguesa (1950-2020)", projecto que visa investigar e dar a conhecer o contributo das mulheres artistas para o desenvolvimento da Arte Cerâmica desde o pós-guerra à actualidade. No desenvolvimento de um dos vectores relevantes da Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia, a Valorização da Mulher Artista, Igualdade de Género, procura-se dar protagonismo a uma herança de grande importância e insuspeitamente vasta. A exposição integra peças do Museu Nacional do Azulejo, bem como de outras colecções públicas e privadas, desde azulejos a peças tridimensionais, concebidas e/ou executadas por mulheres que se destacaram neste domínio no período considerado. Estarão presentes obras de Ânia Gabriel Abrantes, Bela Silva, Cândida Wiggan, Catarina e Rita Almada Negreiros, Clotilde Fava, Estrela Faria, Felipa Almeida, Fernanda Fragateiro, Graça Morais, Joana Vasconcelos, Maria Ana Vasco Costa, Maria Emília Araújo, Maria Keil, Rita João, Sónia Sapinho, Teresa Cortez e Vieira da Silva, entre outras artistas com trabalhos de azulejaria e cerâmica. Várias iniciativas irão decorrer paralelamente no Museu Nacional do Azulejo, visando dar visibilidade ao projecto.
Maria Eugénia & Francisco Garcia Uma Coleção
Está patente ao público até 29 de maio 2022, no Museu Nacional de Arte Contemporânea, em Lisboa, a exposição Maria Eugénia & Francisco Garcia Uma Coleção. Maria Eugénia e Francisco Garcia constituíram, nas décadas de 1960 e 1970, uma coleção de arte que manifesta as transformações de gosto artístico de uma burguesia cosmopolita, cada vez mais desligada dos constrangimentos do Estado Novo, embora sofresse as suas permanentes consequências. Apesar da guerra colonial, pressentia-se que o regime se esboroava e a cultura estava na primeira linha da contestação.
“Amigos de quase todos os artistas expostos, Maria Eugénia e Francisco Garcia eram também amigos e admiradores de José-Augusto França e procuravam os seus conselhos. Por isso, quando se começou a pensar expor a Coleção, ele escreveu para o catálogo o seu último texto, na casa de Jarzé, quando estava à beira de completar 95 anos. Neste território de amizades, destaca-se o convívio permanente com Fernando Lemos, o artista com mais obras na Coleção, Fernando Azevedo e Marcelino Vespeira, os expositores de 1952 na Casa Jalco na Rua do Carmo onde a aventura terá começado.” de Raquel Henriques da Silva
“As gravuras que integram esta coleção foram produzidas num tempo pioneiro para a história da gravura em Portugal, e simultaneamente muito generoso. Tal significa que houve a intenção, em particular com a fundação da Cooperativa Gravura (1956) de atingir um mercado mais amplo, novos públicos, e potenciar amplas experiências artísticas explorando a criatividade a partir das variadas técnicas da gravura contemporânea.
Maria Eugénia e Xico Garcia (conhecido deste modo entre os amigos) tornam-se ambos sócios da Cooperativa Gravura na década de sessenta, e nessa qualidade tiveram acesso à compra e sorteio periódico de gravuras aí editadas, que constituem a base alargada da coleção, além de outras adquiridas exteriormente. E integraram o Clube Cem Cem (1966), que operava como um grupo informal de amigos, apreciadores e colecionadores onde se sorteavam obras de arte. Trata-se de uma coleção de exemplares muito significativos e maioritariamente de autores portugueses, constituída por cerca de setenta exemplares. Estão expostos somente vinte sete, além dos múltiplos de Edgar Pillet, Sonia Delaunay, Vasarely que se enquadram em produção seriada com características distintas. Este núcleo expositivo comporta gravuras de autores que só se encontram representados neste núcleo, obras de gravura que complementam outras de pintura do mesmo autor, e obras significativamente expressivas das diversas técnicas como a gravura em metal, litografia, xilogravura e serigrafia.” de Cristina Azevedo Tavares
Origem de Sara Seabra
Exposição de pintura até 11 junho 2022
Sara Miguel iniciou a sua carreira artística como artista autodidata. A sua formação em Relações Internacionais, na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, revelou-se fundamental na descoberta de diversas linguagens artísticas com expressão sobre a identidade e a visão do mundo. Formada em Ballet Clássico pela Imperial Classical Ballet, recebeu duas menções honrosas, a primeira referente ao Prémio Literário José Estêvão (2014) e a segunda na área da pintura no Concurso Aveiro Jovem Criador (2019). Participou na artzine "Ultra Violenta", edição n°11, com duas obras (2020). Frequentou durante dois anos a escola de teatro Start-teatro Histórias Formação e vários estágios de dança no Teatro Aveirense desde 2008 até 2012, alguns deles com a Companhia Naconal de Bailado e com o Ballet Teatro, com a Companhia Quorum Ballet e com a Companhia Jeune Ballet de Genève. Membro do Parlamento Europeu de Jovens, em representação da Escola Secundária José Estêvão, que decorreu em Matosinhos (2013), integrou a organização do Encontro Nacional de Estudantes de Relações Internacionais da Universidade Coimbra (2015). Nos últimos anos, Sara Miguel tem-se dedicado às artes plásticas, sendo reconhecida pela pintura, bordado sobre fotografia e técnicas mistas. Realizou uma exposição coletiva no Avenida Café-Concerto em Aveiro intitulada “Sopro”. “Origem” é a nova exposição da pintora. Segundo Sara Miguel: “Para mim o universo está repleto de origens, de diversos processos. Uma dessas origens e respetivo processo é uma tela em branco. Desses processos criativos brotaram duas coleções que aqui hoje temos expostas, embora não na sua totalidade: a Coleção Raízes e a Coleção Orgânico. Estas coleções e as demais obras que as acompanham, abordam algo de muito profundo, com um certo caráter enigmático (os enigmas da vida), quase como se representassem as diversas estruturas e planos que conhecemos, como por exemplo, as sociais, psicológicas, políticas, físicas, emocionais, remetendo-nos para um puzzle onde diversas peças se vão encaixando, removendo ou reconfigurando. Estas duas coleções e restantes obras remetem-nos para uma posição de questionamento: o que é a essência? O imaterial? Qual a fonte, a origem dos sentimentos e emoções? Razão ou emoção? Procuram expressar, após uma constante pesquisa de formas e linhas, pontos e cores, esse algo que está num estado bruto, puro, pronto para ser transformado. E aqui voltamos ao início do processo, regressamos à origem.”