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Luís Soares é um criador múltiplo, de expressão vibrante e inclassificável. Natural de Moçambique, mas com raízes culturais luso-africanas, desenvolveu uma carreira notável nas artes plásticas, afirmando-se como pintor, desenhador, ceramista e escultor. A sua obra não se encaixa em escolas ou movimentos específicos — ela é expressão de uma personalidade que mistura provocação, simbolismo, crítica social e liberdade absoluta de criação.
Desenhador de traço seguro e incisivo, Soares domina a cerâmica com mestria técnica, ... ver mais
Luís Soares é um criador múltiplo, de expressão vibrante e inclassificável. Natural de Moçambique, mas com raízes culturais luso-africanas, desenvolveu uma carreira notável nas artes plásticas, afirmando-se como pintor, desenhador, ceramista e escultor. A sua obra não se encaixa em escolas ou movimentos específicos — ela é expressão de uma personalidade que mistura provocação, simbolismo, crítica social e liberdade absoluta de criação.
Desenhador de traço seguro e incisivo, Soares domina a cerâmica com mestria técnica, enquanto na pintura e na escultura experimenta incessantemente novos caminhos visuais. A sua linguagem é feita de figuras totémicas, gestos teatrais e formas grotescas que remetem tanto para o universo surreal como para uma visão mordaz da condição humana.
As suas criações refletem um confronto direto entre emoção e razão, entre o íntimo e o social. O artista utiliza elementos alegóricos e simbólicos — muitas vezes de inspiração telúrica e quase ritualística — para construir uma estética própria, marcada pela tensão e pela expressividade. Soares não busca agradar: provoca, inquieta, desmonta certezas. Nas suas obras, há sempre um grito contido, uma crítica velada, uma sátira dos tempos que vivemos.
Influenciado por correntes como o expressionismo e a abstração lírica, com ecos de Picasso e de Valle-Inclán, desenvolveu um estilo pessoal que incorpora elementos do grotesco e do caricatural, aliados a uma forte intuição formal. O seu trabalho é uma forma de "jogo divino", como diria Maria Zambrano, onde a criação artística se torna ato de eternidade potencial.
A sua arte recusa a superficialidade da estética comercial contemporânea. Em vez disso, oferece uma visão crua e poética da realidade, utilizando uma paleta de emoções profundas, linhas espontâneas e um imaginário quase onírico. Luís Soares representa, assim, uma força criativa rara, cuja obra se insere numa linha de resistência estética e de liberdade expressiva que transcende modas e classificações. Criador de um universo pessoal e magnético, é um dos nomes incontornáveis da arte contemporânea portuguesa.
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