Douro

Amândio José da Silva, nasceu no Porto em 11 de Abril de 1923, e aí faleceu a 27 de Julho de 2000. Formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas Artes do Porto, com 20 valores, tendo recebido vários e importantes prémios, e integrado o seu corpo docente entre 1958 e 1993, ano em que se jubilou. Foi fundador do Grupo "Independentes", onde participaram, entre outros, Fernando Lanhas, Nadir Afonso, Garizo do Carmo, Artur Da Fonseca e Arlindo Rocha. Vai descobrindo o Douro e as suas Serras entre 1948 e 1968 que estarão para sempre presentes na sua Obra, e a cujo apelo também não escaparam, entre outros, Augusto Gomes, Guilherme Camarinha, Júlio Resende, Sousa Felgueiras e Joaquim Lopes. Mas não se julgue que, no caso de Amândio Silva estamos perante a “Representação” da paisagem. Antes, e nisso consistiu um dos aspectos por excelência do Modernismo – do Seu Modernismo -, vemos a sua “Apresentação”, com tudo o que envolve de interpretação da História, dos Mecanismos da pintura, e da Abstracção como outra interpretação do Real. Não “correndo” atrás das correntes artísticas, nem da sua História, Amândio Silva deixou-nos uma obra da qual se poderá dizer como Amadeo de Souza-Cardozo, que teve “tantas fazes como a Lua”. Mas sempre coerente com o seu percurso de vida.

E isto, como já alguém disse “Faz um Pintor”.